domingo, 26 de agosto de 2007

Núcleo de Estudantes de Filosofia da Universidade da Beira Interior

«O núcleo de estudantes de filosofia orgulha-se do experimentalismo severo, das motivações inconstantes, mas mais concretamente do seu per.curso alcançado até agora. Sempre sem medo.O Sexto – Empírico, foi um núcleo criado inicialmente por pessoas que sentiam a necessidade, de quê? Do concreto. Pessoas que venderam o computador para comprar uma máquina de escrever, pessoas que mantinham e mantêm a tradição do “café”, da tertúlia e de um humanismo crescente. Criados em diversos pontos do país, juntaram-se na montanha para reflectir, para unir conhecimento ao som do trânsito e da loucura aliada ao pensamento. Adultos na vontade, crianças no crer. O Sexto – Empírico não só é uma personificação da consciência absurda do mundo, como uma alternativa eficaz às circunstâncias devoradoras da inutilidade do vício pouco poético que a sociedade apresenta.»

A visitar, o blog.

domingo, 19 de agosto de 2007

o corpo-pensador


até Setembro, no Palácio dos Condes do Restelo - Rua da Escola Politécnica, N. 42, 1250-102 Lisboa

sábado, 18 de agosto de 2007

Café com Filosofia

PODE A ARTE MUDAR O MUNDO?
com António Pedro Pita
13 de Outubro de 2007 21h30
Átrio da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto
Rua Padre Afonso Soares
Póvoa de Varzim

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

novo espaço virtual do Departamento de Formação e Certificação da APAEF

Neste espaço encontrará a informação detalhada sobre os cursos, workshops e acções de formação realizadas pela APAEF. Pretende-se assim proporcionar informação o mais pormenorizada possível sobre as actividades formativas da Associação Portuguesa de Aconselhamento Ético e Filosófico.

Visite: http://apaef-certificacao.blogspot.com/

nas livrarias Bertrand



«Leonardo é uma iniciativa da mais nova geração da Escola da Filosofia Portuguesa. O que queremos significar é o seguinte: primeiro, que integramos uma tradição poética e filosófica que se iniciou com Sampaio Bruno e formalizou num "organon" principial com Teixeira de Pascoaes e Leonardo Coimbra na Renascença Portuguesa. Depois, surgiram os continuadores com a geração de José Marinho, Álvaro Ribeiro e, mais tarde, Orlando Vitorino, que desenvolveram a doutrina e sistematizaram as teses. A geração dos mais velhos está ainda representada por António Telmo e Pinharanda Gomes, que nos garantem o magistério da palavra e a iniciação numa tradição que tem vindo a aperfeiçoar a expressão poética e filosófica.Pertencer à geração da Escola da Filosofia Portuguesa exige um compromisso espiritual: é de sua livre opção que, todos nós, os da Leonardo, aceitam conviver em tertúlia segundo o magistério que vai de mestre a discípulo e que caracteriza a iniciação filosófica e literária assegurada sem interrupção, desde há 150 anos, ao longo das sucessivas gerações. Todos nós, os da Leonardo, ouvimos a palavra de viva voz de mestres e o que nos distingue é sermos heterodoxos e livres na exegese e na hermenêutica. Todos nós, cumprimos os requisitos que nos foram transmitidos por Álvaro Ribeiro, necessários á compreensão da filosofia portuguesa: acreditar em Deus e possuir, de alguma forma, formação esotérica. A ideia de Deus é um aspecto decisivo para a filosofia, porque dela deriva a própria finalidade teleológica do pensamento e da razão. A filosofia há-de sempre conceber uma teologia para que o real da sua virtualidade se determine e exista pela Verdade no pensamento. Assim se reconduz o mundo ao Espírito. À filosofia portuguesa corresponde uma teologia segundo a matriz judaico-cristã e antigos arquétipos. Todos nós, os da Leonardo, cumprimos em diverso grau o segundo aspecto. O esoterismo não é ocultismo, nem se confunde com a paixão oriental. A operação é racional, ordinal e o teorema desenhável. O movimento é íntimo, individual e necessário à autognose. Sem tradição, ou seja, o que nos vem da herança, perde-se a razão da palavra e do verbo e inveja-se a ordem no mundo. Não se compreende o que se ouve, nem se sabe o que se diz. A filosofia exige iniciação, mas não é coisa de iniciados. Os seus princípos são universais e gerais e todos os homens deles participam ou podem participar. Acontece que muitos são apenas espectros humanos (escreveu Leonardo Coimbra: "esboços de alma") porque não querem, não podem ou não sabem ascender à razão teórica. Só por isso, a filosofia não é dada a todos os homens.»

From Edward de Bono: Attitudes to Creativity

The traditional view is that some people are creative and others are not. The people who are seen as creative do have a lot of ideas - some of them better than others. What is clear is that they are motivated to be creative and to try to find new ways of doing things. The formal processes of lateral thinking are very powerful in the deliberate production of new ideas. They are based on an understanding of the brain as a self-organising information system that makes asymmetric patterns. There is no mystique or magic about it. The techniques can be learned, practised and used systematically. It is no longer a matter of waiting for new ideas to happen; they can be formally produced. Just as we can learn mathematics or French, so we can also learn 'idea creativity'. The English language (and probably most others) does not distinguish between idea creativity and artistic creativity. If you create something which was not there before, you are creative. You may also 'create' a mess - which was not there before. Because of this failure of language, people are reluctant to accept idea creativity as a learnable skill. They ask if you could produce a Beethoven or a Renoir through formal training. Once we have separated idea creativity from artistic creativity, then we can set about learning and developing the skill of thinking for new ideas. That is what 'lateral thinking' is all about. There is a growing emphasis on 'innovation'. This really means putting into effect something that is new for your own business. That idea or process may be borrowed, copied or stolen from someone else. It is only rarely that innovation arises from a created new idea. We wait for new ideas because we do not know that new ideas can be produced deliberately. One afternoon, some workshops using just one of the techniques of lateral thinking generated 21,000 new ideas for a steel company. You would have to wait rather a long time for that number of ideas 'just to turn up'. New ideas are unusual because our brains are designed to make patterns or routines and to use them. Without this ability, life would be impossible. We need to use this ability, but also to escape from the tramlines of routine from time to time. That is what creativity is about.


sobre filósofos e professores de filosofia

Schopenhauer sustenta que os catedráticos de filosofia não são, em regra, autênticos filósofos porque estão obrigados a representar o papel de «sábios», com respostas para tudo, e isso impede-os de levar a cabo a investigação livre da verdadeira filosofia, desprendida de interesses económicos e de prestígios institucionais: «Descobrimos aqui em primeiro lugar que, desde sempre, muito poucos foram os filósofos que foram também professores de filosofia e, proporcionalmente, ainda menos os professores de filosofia que foram também filósofos. Podíamos dizer por consequência que, do mesmo modo que os corpos idioeléctricos não são condutores de electricidade, os filósofos não são professores de filosofia. Em verdade, para o que pensa por si mesmo esta tarefa estorva-o mais do que qualquer outra. Pois a cátedra de filosofia é de certo modo um confessionário público, onde um faz a sua profissão de fé coram populo (em presença do povo). Ademais, em ordem à aquisição autêntica de uma compreensão fundamental e profunda, quer dizer, em ordem a chegar a ser de verdade sábio, quase não há nada que seja mais contraproducente que a obrigação perpétua de parecer sábio, esse alardear de supostos conhecimentos ante uns alunos ávidos de aprender, esse ter à mão respostas para todas as perguntas imagináveis» (Arthur Schopenhauer, Sobre la Filosofía de Universidad, Editorial Tecnos, Madrid, pag. 46-47).

leia o artigo de Francisco Limpo de Faria Queiroz, aqui

terça-feira, 7 de agosto de 2007

boas férias

Fotografia de Carla Broekhuizen, retirada daqui.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Voices of the right and the wrong, por Ran Lahav

«Angela and Phillip visit the philo-sopher Linda at her home.

"We are enjoying your philo-sophia workshop," they tell her. "But we were wondering: What is the difference between philo-sophical practice and psychotherapy?"
"That’s a difficult question, because there are so many approaches to psychotherapy and to philo-sophical practice. But I would say that one important difference is this: Psychology deals with the person’s psyche -that’s why it is called ‘psycho-logy’. It focuses on the subjective processes that take place in (or between) people: emotions, thoughts, behaviors, etc.
In contrast, philo-sophical practice, or philo-sophia, focuses on somethingthat happens not in the person’s subjectivity, but between the person and something else. It focuses on the dialogue between the individual and what Icall ‘voices of human reality’.”
"When you say 'voices', do you mean ideas, meanings?"
"Not exactly, Angela. An idea, or a meaning, can be something abstract and impersonal, something that doesn’t touch me. By ‘voice’ I mean what you might call ‘a living idea’: an idea (or a meaning) that moves me, speaks to me,tempts me, creates in me a new understanding. And I can respond to it and converse with it – in other words, philo-sophize."
“Are you talking about unconscious voices in our minds? I think Freud talked about being aware of our repressed, unconscious experiences.”
“I don’t think, Phillip, that these psychological concepts would be helpful here. Let’s not translate philo-sophia into the psychological jargon. Voices of reality are not simply subjective creations of our mind. They express certain ways of understanding – they have an inner logic, assumptions, distinctions, networks of concepts. They say something to us, something we can understand and communicate and discuss. This is the focus of philo-sophia: voices of human reality, or if you prefer - ‘living ideas’.”
"I see,” Phillip says. “But I thought that psychotherapies, too, deal with ideas– for example the idea of love.”
“Most psychotherapies regard love as a psychological event – a subjective process inside the person. Therapists don’t usually philo-sophize with clientsabout the concept of love. I agree that some therapies, like existential psychotherapy, philo-sophize to some extent. They are therefore not completely psychological. They contain a philo-sophical element.”“Would you say, then, that psychotherapy and philo-sophia are two different ways to help people deal with their personal difficulties?”
“I don’t think so, and this is another important difference between psychotherapy and philo-sophia. A therapy, by definition, tries to improve theperson’s life: to resolve a personal problem, to alleviate difficult feelings,to improve functioning in the family, and so on. For me, this is not the goalof real philo-sophia.
Philo-sophia doesn’t try to solve or improve anything. Its goal is a dialogue with the voices of human reality, and the newunderstandings that this raises in us. In this sense a philo-sopher is morelike a poet than a psychologist.”
“That’s a bit abstract,” Phillip says. “Can you give an example?”
“Sure. Let's take a topic that is often discussed in standard academic philosophy: the right and the wrong.
“In order to understand this topic, let’s say you are in a moral (ethical) dilemma. For example, you can either lie to make your friend feel good, or tellthe truth and hurt her. Or, you can either make a special effort to keep yourpromise, or alternatively break your promise because nobody will ever know orcare. How do you decide which action is morally (ethically) right? How do youdetermine what you SHOULD do?
“Several ethical approaches give different answers. We can regard them as different ethical voices that speak in us and move us, at least sometimes.” »


Texto de Ran Lahav (sublinhado nosso)