No âmbito das minhas acções na área da filosofia e criatividade tenho utilizado algumas das fotografias que estão presentes n'Olhar a Palavra para servir de base às oficinas «Colorir fora dos traços».
Ainda que a #todolist esteja aqui a «gritar-me» aos ouvidos, não resisto a deixar-vos alguns dos trabalhos dos mais pequenos, inaugurando aqui uma espécie de Olhar a Palavra Jr.
Os textos aqui apresentados são fruto da imaginação das crianças e dos adultos que as acompanharam e que com elas coloriram fora dos traços!
Nota: as histórias são registadas pelos adultos e não são sujeitas a revisão; a ideia é escrever aquilo que a criança diz, sem perder pitada da sua imaginação!
«Era uma vez dois escaravelhos que se casaram. E a fêmea pôs mil ovos dentro de duas bolas de cocó de boi. E depois um perigo estava a espreitar, que era uma aranha. O escaravelho macho e a escaravelha fêmea estavam cá fora e a aranha era capaz de agarrá-los. Mas depois a aranha caiu de cabeça para baixo e teve de ir ao médico das aranhas. Mas depois viveram felizes para sempre, mas primeiro nasceram os escaravelhos bebés. »
a história é do Benjamim
a fotografia é do João Sousa
no blog Olhar a Palavra: não há amizade sem movimento
Os disparates da tinta
«Um pintor foi buscar uma paleta e começou a pintar e depois, distraído, pôs tinta no copo de água. Mas depois fez mais disparates. Ele mistutou cores com outras cores, umas nas outras. Depois teve uma ideia: foi buscar os pincéis e começou a pintar-se, para ser um palhaço!
Depois foi buscar um bilhete para ser artista do circo, um palhaço! Nesta história é preciso um bilhete para ser artista. E o que vende bilhetes disse que sim.
E depois ele foi para a sua equipa que era a dos palhaços. Eram do mesmo número, do mesmo espectáculo. O primeiro número foi o dos palhaços e o dos outros palhaços do circo.»
a história é do Benjamim
a fotografia é da Joana Sousa (moi même!)
no blog Olhar a Palavra: equilíbrio a cores
«Eu ia dizer «era uma vez» mas isso é muito infantil. Esta é uma história de um gato que se chama Tarantino, e que passa a vida a chatear as pessoas.
Uma das pessoas é um velhote que estava escondido atrás da porta para ver se apanhava o gato!... mas o gato era muito esperto e sabia quais eram as intenções do velhote. Além disso, pressentia a sua presença e estava alerta para fugir se fosse preciso.
Um certo dia o gato adormeceu e estava muito cansado... era a oportunidade do velhote para o apanhar.
Pé ante pé, o velhote foi até ao gato e… Surpresa das surpresas! O velhote, que se chamava Sr. Esperança, quando ia a apanhar o gato reconheceu-o! Era o seu gato Tarantino.»
a história é da Filipa, do Artur e do João
a fotografia é do João Paca
no blog Olhar a Palavra: verde deserto
«O Sr. Esperança morava numa casa de telhado laranja. A casa ficava do lado de uma linha de comboio onde só passava um comboio por dia. Todos os dias o Sr. Esperança ficava à espera que o comboio passasse!
Das suas janelas e porta ele só conseguia ver um campo muito verde e com o céu azul. Era uma paisagem muito tranquila e bonita. Por vezes passava um passarinho, uma gaivota ou andorinha.
O Sr. Esperança nem sempre viveu sozinho. Tinha um gato, que se chamava Tarantino, que fugiu para outra história. Tinha saltado da janela sem o Sr. Esperança se aperceber e correu 132 metros e desapareceu. O Sr. Esperança procurou-o por toda a parte mas não o encontrou.»
a história é da Filipa, do Artur e do João
a fotografia é do Marco A. Pires
no blog Olhar a Palavra: entre a Rua da Saudade e o Bairro do Amor
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