«Logo após a Primeira Guerra Mundial, o psicólogo americano Lewis Terman iniciou um dos maiores estudos sobre a inteligência humana de que se tem notícia. No início da década de 1920 ele garimpou as escolas da Califórnia avaliando mais de 250.000 crianças, buscando aquelas que se destacavam nos testes de inteligência. As melhores 1.470 (um site da Universidade da Carolina do Norte fala em 1.528) foram selecionadas, formando um exclusivíssimo grupo onde a média de QI era superior a 135 e chegava, em alguns casos, a 200. O grupo foi logo apelidado de Termites.
A partir de então, Terman passou a acompanhar de perto os detalhes das vidas de cada um de seus prodígios, desde suas realizações acadêmicas até relacionamentos e casamentos, passando por doenças, sanidade mental até empregos e promoções. Tudo era registrado em grossos volumes intitulados Estudo Genético dos Gênios.
Pois foi exatamente esse rigor metodológico que permimtiu que Terman percebesse o erro que havia cometido, ao atribuir o sucesso das pessoas exclusivamente aos seus Quocientes de Inteligência. Ao atingir a vida adulta, alguns dos Termites tinham empregos públicos, dois eram juízes de cortes superiores e um era juiz municipal. Poucos eram figuras de renome nacional. Recebiam bons salários, mas não tãããão bons assim. Alguns tinham subempregos. Outros viviam do seguro-desemprego.
Nenhum deles ganhou um prêmio Nobel, mas dois dos que foram excluídos do grupo nos testes preliminares por não terem QIs tão altos ganharam: William Shockley e Luis Alvarez. De maneira melancólica, mas bastante auto-crítica, Termite concluiu que muita inteligência e grandes realizações não andam, necessariamente, de mãos dadas†. O que não fechava na equação de Terman? O que faltava para provar a superioridade daquele 0,6% de crianças super-dotadas?»
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