O «pai» de expressões como aldeia global esteve em Lisboa. E deixou algumas ideias no ar:
«Vamos viver experiências de muitos tipos, para as quais ainda não sabemos a resposta, mas a verdade é que o Estado-Nação - com governos clássicos cujas receitas provêm da colecta de impostos - entrou em falência», afirmou.
«O Estado-Nação assenta na burocracia, que sendo a forma mais ineficaz de organização na sociedade pós-industrial, se apresenta como um inimigo face ao futuro», acrescentou.
Ora, para combater as burocracias, por si classificadas de «Katrinas institucionais» - numa alusão ao furacão que devastou o sul dos Estados Unidos em 2005 -, Toffler preconizou que os jovens portugueses exijam «cada vez mais informação» no exercício diário do seu direito cívico.
Na vertente económica e das saídas profissionais para os «baby boomers» portugueses do século XXI, Toffler foi muito claro: «Terão de estudar diferentes cursos ao longo das várias etapas da vida».
«Não há segredos curriculares e, por isso, cada um deverá seguir o seu talento a aplicar a fundo as suas capacidades», adiantou.
Em relação ao panorama curricular universitário actual, o futurista norte-americano não quis deixar margens para dúvidas: «Nada permanecerá, os cursos serão redesenhados, para serem mais individualizados», garantiu.
Heidi, inseparável «cara-metade» de Alvin nas investigações desenvolvidas e livros publicados, foi mais longe: «Aceitando que já não se pode realizar o mesmo trabalho toda a vida, a questão é saber quantos cursos estamos dispostos a tirar», indicou.
Fonte: Diário Digital
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