segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Do espanto primeiro à interrogação radical

«Parece rebuscado e erudito o nome desta comunicação, mas a verdade é que pretendemos descomplexificar a ideia que normalmente se tem da Filosofia. Esta é entendida como um entendida como um saber académico, distante do ser humano comum e digno apenas daqueles que se fecham em bibliotecas a escrever ensaios longos sobre assuntos com palavras como heurística, metafísica ou eticidade.


Hoje fala-se de filosofia para crianças e a estranheza toma lugar. Mas filosofia para crianças?

Mas como podem crianças de 3 anos filosofar ou trabalhar conceitos filosóficos?

Sosseguem as almas mais exaltadas, pois não se trata aqui de ensinar Kant aos mais pequenos, mas de os colocar a exercitar os músculos do pensamento, como se de um ginásio se tratasse.

O que as crianças têm em comum com os filósofos é a capacidade de espanto. De olhar para as coisas, como se fosse a primeira vez, deixando o maravilhamento e a pergunta tomarem conta do momento. Porquê? – esta é a palavra mágica, aquela que abre as portas para o caminho da investigação, da procura da resposta.

Eu e as crianças encontramo-nos no cruzamento entre o mundo das ideias e as coisas de todos os dias, construímos pontes entre as palavras, dizemos o mesmo de formas diferentes, desenhamos e colorimos o papel, escutamos os outros, partilhamos sorrisos e emoções de espanto.

Como dizia a minha homónima Joana, de apenas 10 anos, Não pensem que a Filosofia é só para as Crianças, a Filosofia é para todas as idades


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