Na faculdade dizia a um colega que o nosso futuro poderia passar por abrir um consultório. De quê? De Filosofia, pois claro! Onde as prescrições não conteriam as palavras «Ben U Ron» ou «Aspegic», mas sim «Meditações Cartesianas: ler 2 parágrafos 3x ao dia».
Na altura não conhecia o livro de Lou Marinoff «Mais Platão, menos Prozac» e estava longe de adivinhar que a consultoria filosófica iria tornar-se no movimento que a Pública documentou no domingo passado.
Um pouco por todo o país, multiplicam-se os espaços onde podemos consultar um filósofo, que nos possa ajudar a compreender e a pensar sobre aquilo que nos inquieta. Mas o caminho é longo e muito há a fazer neste campo, para que a actividade seja devidamente profissionalizada e assim se torne credível.
Há dias comentei que pensava desenvolver tese nesta área; perante isto aconselharam-me o Professor Karamba como possível orientador. Imediatamente sorri e gargalhei. (Os filósofos são pessoas com sentido de humor, não esqueçam!)
Em Portugal o movimento é relativamente recente; temos duas Associações a trabalhar na área, se bem que a pioneira APAEF tem vindo a ausentar-se dos eventos a que nos habituou: congressos, publicações, acções de sensibilização. Mais activa encontra-se a APEFP, com quem já tive o prazer de colaborar num curso de Filosofia para Crianças em Março deste ano.
A propósito, lembro que o Professor Óscar Brenifier volta a Portugal em Janeiro próximo.
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