Ao contrário do que acontecia há uns anos, em que a informação que nos era chegada via rádio ou televisão não tinha contraditório, a actual generalização da Internet e a facilitação do seu acesso a todos e em qualquer lugar dá-nos a possibilidade de termos uma noção mais abrangente dos acontecimentos em todas as suas dimensões, e de questionarmos construtivamente a selecção da informação que nos é transmitida. Se bem que a nível mundial ainda há uma (grande) faixa da população que não utiliza a Internet, é óbvio também que essa percentagem tem tendência para diminuir rapidamente, dados os esforços dos principais Governos a nível mundial (e dos vários agentes económicos) na promoção e generalização de redes de Internet de Banda Larga de Nova Geração, permitindo comunicações de alto débito e estimulando a produção de conteúdos cada vez mais evoluídos.
Tradicionalmente, sendo a área da investigação e da ciência e tecnologia os early adopters no que se refere à utilização da Internet e das redes de alto débito (em Portugal, o meio académico utiliza redes de nova geração desde 2005, via RCTS), o desafio que se impõe para os próximos anos prende-se, não só com a generalização destas redes à população em geral e às empresas, como também como o desenvolvimento de conteúdos e serviços que melhorem a nossa vida quotidiana. Felizmente, temos em Portugal uma massa critica de pessoas e empresas cada vez mais qualificadas e em maior número, com forte capacidade criativa e capaz de desenvolver soluções inovadoras e competitivas à escala global, contribuindo para tornar o nosso país cada vez mais num actor relevante nesta sociedade de redes. E quer se tratem de redes de conhecimento, redes de solidariedade e inclusão, redes de inovação ou mesmo redes de influência, os seus actores (ou seja, nós) são cada vez mais responsáveis sobre os seus destinos.
in http://criar2009.gov.pt/opiniao/%E2%80%9Ca-rede%E2%80%9D-somos-nos/
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