terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Dizer não ao não à Filosofia



"Salvemos a Filosofia" por Daniel Sampaio


"Junto a minha voz a todos os que têm lutado pela importância da Filosofia no Secundário. Devo dizer que alguns argumentos me parecem tão rebuscados que não contribuem para a solução do problema, porque deslocam o debate para as questões mais técnicas do ensino da filosofia, aumentando as razões daqueles que a contestam, pelo facto de a considerarem 'complicada'" (...) " A Filosofia ajuda na síntese do que se aprendeu noutros campos, ao lançar novas perspectivas sobre a História, as Ciências e a Literatura. Constitui uma espécie de inventário crítico sobre a experiência humana que o adolescente adquire nas diversas acções do seu quotidiano. Ajuda os jovens a perceber que existe reflexão além do imediato, opinião que ultrapassa a imagem instantânea, discussão mais aprofundada do que a que acontece na maioria dos debates televisivos." (...) "Perante jovens em formação, numa sociedade que privilegia o imediato e não valoriza a reflexão,a Filosofia é um dos últimos redutos do pensamento livre." (...) " Na adolescência actual encontramos muitas vezes sinais de imaturidade e irresponsabilidade que inquietam pais e professores: essa é também uma importante razão para desenvolvermos o ensino da Filosofia, porque ajudar a pensar é o caminho certo para pensar antes de agir. Esperemos que os adversários de sempre da Filosofia, aqueles que se inquietam com a 'educação do espírito' que a caracteriza, não triunfem desta vez"


Crónica na revista Xis (integrante do jornal Público) de sábado, 20 de Janeiro de 2007


*


A filosofia pós-Socrática


"O próximo passe de ilusionismo do Ministério da Educação é a redução drástica do ensino da Filosofia no Secundário, tornando a disciplina tão opcional que praticamente ninguém vai optar por ela. Ora, arrasar com o ensino da Filosofia num País cujo primeiro-ministro se chama Sócrates é o mesmo que arrasar com o ensino da Lìngua Francesa num país cujo primeiro-ministro se chamasse Larousse.É insólito, é errado, é decadente e também é uma coincidência altamente divertida."


Opinião de Tiago Rodrigues na pág. 64 da Revista NS' (integrante do Diário de Noticias e Jornal de Noticias) que está hoje [20.01.2007] nas bancas.




Estes textos foram retirados do Telegrapho de Hermes.

Seminário aberto de Filosofia - Sociedade Portuguesa de Filosofia

ABORTO, VALOR E IDENTIDADE PESSOAL, por Pedro Galvão

02 de Fevereiro de 2007 (auditório da SPF, Avenida da República, n.º37 – 4.º andar, em Lisboa)


Resumo:
O argumento do «futuro-como-o-nosso», proposto por Donald Marquis, será clarificado e comparado com um argumento alternativo, muito mais comum, contra o aborto, que apela à humanidade do feto. De seguida, serão discutidas várias objecções a este argumento. Mostrar-se-á que muitas delas são infundadas, mas que a credibilidade do argumento depende da resposta correcta ao problema metafísico da identidade pessoal.

domingo, 28 de janeiro de 2007

Últimas compras na Bertrand do Chiado

Coaching para Executivos, de Arménio Rego, Miguel Pina e Cunha, Carlos Miguel Oliveira e Ana Regina Marcelino

A primeira obra de portugueses sobre coaching. Editada pela Escolar Editora.

A Essência da Liderança, de Arménio Rego e Miguel Pina e Cunha

Pela RHEditora, esta obra incide sobre o papel do líder na mudança.

USIA: sempre bem recebida

Foi com muito prazer que voltei à Universidade Sénior e Intergeracional da Amadora para uma breve palestra.
Revi algumas caras conhecidas e conheci e ouvi outras pessoas que dão vida àquele espaço.
Os jovens alunos das universidades da terceira idade têm esta capacidade de nos surpreender com a vontade de saber algo de novo, lembrando-nos que nunca é tarde para partilhar conhecimentos.

Prometi voltar, para um Chá Filosófico.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Palestra na USIA - Universidade Sénior da Amadora


Na próxima sexta feira, dia 26 de Janeiro, estarei na USIA, na cidade da Amadora, pelas 16h45m para uma palestra sobre as novas práticas filosóficas.


Das novas práticas filosóficas

ou

da (in)utilidade da filosofia nos dias que correm




USIA - Amadora

Praça da Igreja, nº 29


Tel. 21 491 02 60

Chegou do Brasil...


...o livro de Edson Paim, um leitor deste espaço virtual e que gentilmente me fez chegar o seu livro intitulado Sistemismo Ecológico Cibernético. Esta obra foi escrita em parceria com Rosalda Paim e vai já na terceira edição.

Para conhecer melhor o trabalho de Edson, consultem o seu blog: http://www.sistemismo.blogspot.com/


Mais uma vez, obrigada Edson!

Certificação Seis Chapéus do Pensamento, Dr. de Bono


domingo, 14 de janeiro de 2007

Pensamento Lateral - Edward de Bono


Workshop promovido pela Minding International, em Paris.

Mais informações aqui!

Neuromarketing


Um artigo na Revista Marketeer chamou a minha atenção para esta nova área do marketing: neuromarketing. No número de Dezembro de 2006, esta revista apresenta um trabalho de alunos da pós graduação em Marketing do GIEM/ISCTE 2005-2006, para a cadeira Novas Tendências do Marketing.


Nesse mesmo número, a Marketeer apresenta ainda artigos sobre o Enoturismo, os 5
P's da Venda e a banca portuguesa.



Cinefilosofia


Uma ideia que já acabou, mas que ainda está disponível online. Aqui!.

Pós Graduações no ISLA (Lisboa) - a iniciar em Março


Banca, Seguros e Mercados Financeiros

Gestão e Desenvolvimento Estratégico de Recursos Humanos

Gestão e Estratégica Empresarial

Gestão de Crises

Gestão Hoteleira

Imagem, Protocolo e Organização de Eventos

Mais informações: www.isla.pt - Dra Isabel Quaresma (isabel.quaresma@lx.isla.pt)

Escola de Criminologia, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto

«O Curso de Licenciatura em Criminologia da Faculdade de Direito da Universidade do Porto foi aprovado por deliberação do Senado da Universidade do Porto em 5 de Junho de 2002 (Deliberação nº. 1327/2002, D.R. II série nº 196 de 26 de Agosto de 2002), tendo sido registado com o nº R/220/2002. Face à impossibilidade de abertura de vagas foi adiada a sua entrada em funcionamento, prevendo-se que a mesma ocorra no ano lectivo de 2006/07, dado ter sido já obtido o registo de adequação deste ciclo de estudos segundo o processo de Bolonha.A Criminologia consiste no estudo pluridisciplinar do fenómeno criminal, constituindo-se no cruzamento dos saberes sobre o crime, a desviância e os sistemas de controlo social. Trata-se, pois, de articular os conhecimentos de diferentes áreas científicas, bem como os seus métodos, para conhecer o crime, o delinquente, a vítima, a criminalidade e a reacção social ao crime. Enquanto disciplina teórica, empírica e aplicada, a Criminologia baseia-se em grande medida nos conceitos, perspectivas e metodologias das ciências humanas e sociais, das ciências jurídicas e das ciências bio-médicas, repousando particularmente no Direito, na Sociologia e na Psicologia. Foi a partir destes elementos que estruturam o campo criminológico, definido enquanto campo de saber e de práticas, que se pensou a lógica que presidiu à organização e estrutura do plano de estudos, designadamente as áreas científicas nele contempladas (Criminologia, Direito, Ciências do Comportamento, Estatística, Métodos de Investigação Científica e Ciências Forenses), os seus princípios e objectivos, bem como a natureza e objectivos das unidades curriculares e respectivas metodologias de ensino.»

Eis um curso que gostaria de ver leccionado em Lisboa.

Mais informações aqui.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

INDUCAR

Aqui está um projecto que conheci através da leitura do nº 54 da revista FORMAR, do IEFP. INDUCAR.

«A inducar é uma organização de direito privado sem fins lucrativos, que tem como objectivo central a promoção da educação não-formal e, através, desta, da integração social.
A inducar define-se, fundamentalmente, como uma organização profissional de prestação de serviços a todas as organizações e instituições que reconheçam na educação não-formal um contexto pedagógico alternativo e eficaz. »

A que se dedica este projecto?

«A actividade central da inducar assenta na conceptualização, implementação ou apoio a actividades educativas / de formação fora do contexto escolar:
- acções de formação temáticas - em vários formatos, para vários públicos, sobre temáticas específicas
- apoio a projectos educativos:
gestão integrada de projectos / processos de formação;
construção e gestão de plataformas de comunicação e aprendizagem virtuais - e-learning;
desenvolvimento de competências educativas, formação de formadores / educadores / professores, coaching, reforço de equipas de formadores;
avaliação de projectos / processo educativos.
- consultoria - no âmbito da educação não-formal em geral, especialmente orientada para o apoio à elaboração de projectos e actividades educativas, estudos e investigação, tanto a nível nacional como internacional.»

domingo, 7 de janeiro de 2007

Um filósofo na administração

Há boas notícias, vindas do outro lado do Atlântico, para quem consagrou os seus anos universitários ao estudo e aprofundamento de disciplinas hoje consideradas como de "difícil saída profissional".
Trata-se, concretamente, do caso de algumas empresas norte-americanas, que decidiram recrutar, para os seus conselhos de administração, quadros com formação superior em Filosofia. E admitem também alargar o processo com o recurso a historiadores ou sociólogos.
A explicação tem a ver com o facto de, mergulhados em cash flow, EBITDA, tableau de bord, downsizing e outros indicadores ou acções similares, os gestores perderem, com frequência, o contacto com o mundo real, com as necessidades das pessoas, perderem mesmo, em algumas circunstâncias, a capacidade de arquitectarem uma visão e um pensamento global sobre o meio em que se movem.
A combinação de saberes diferenciados, a nível da decisão de topo, terá, segundo os precursores da iniciativa, vantagens em matéria de análise crítica, de conhecimento dos mercados e de programação a prazo.
Os cépticos do costume poderão reagir com um simples encolher de ombros e profetizar que tudo isto não passa de uma "americanada", a ser em breve esquecida e substituída por outra novidade, produto do delírio criativo de um qualquer "iluminado". E é verdade que haverá, no mínimo, que esperar para ver se os resultados da gestão empresarial retirarão benefícios reais deste recrutamento invulgar.
A História está repleta de considerações díspares acerca da disciplina do pensamento, desde, por exemplo, São Paulo, na Epístola aos Colossenses ("Cuidado, não vos apanhem com a filosofia, essa quimérica negaça"), ou Shakespeare, pela voz de Hamlet ("Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que a vossa filosofia pode supor"), até Descartes ("Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir") ou Nietzsche ("O esforço dos filósofos tende a compreender o que os contemporâneos se contentam em viver.") De qualquer forma, quem teve o privilégio de se encontrar com a Filosofia através da mediação de um professor inspirado sabe bem o que ganhou em "sabedoria" e "compreensão".
Impressiona, portanto, a decisão do Ministério da Educação de acabar com o exame nacional na disciplina, obrigando as universidades com licenciaturas em Filosofia à decisão surrealista de seleccionar outra matéria para a prova específica de acesso ao curso.
A liberalização do ensino superior ocorrida nas últimas décadas, no que respeita à oferta e ao acesso, não originou, como se sabe, um aumento da qualidade média do ensino prestado ou da formação dos jovens licenciados. As razões são conhecidas, estão suficientemente dissecadas e não cabem no âmbito deste artigo. E também se conhece o drama da legião de desempregados - ou "mal empregados"... - que convivem com a amargura do sentimento de inutilidade dos anos de estudo específico.
Não se percebe é como a desvalorização da Filosofia poderá contribuir para corrigir estes desequilíbrios. Ignorantes sobre a História da "sabedoria", mais mal treinados para pensar e para compreender um mundo com contornos cada vez mais complexos, os jovens do futuro estarão, obviamente, bem mais desarmados perante a vida.

Artigo de Mário Bettencourt Resendes (jornalista)
DN, 04 de Janeiro de 2007

A Liderança... segundo Tony Soprano


Na Executive Digest de Dezembro de 2006 (nº 9 - II série) pode encontrar-se um artigo muito interessante sobre o estilo de liderança de Tony Soprano, sim, o mafioso da série de televisão.

Características deste líder: confiança, carisma, inteligência, empatia, inspira lealdade e credibilidade, bem como reverência e é muito raro o momento em que o seu poder é posto em causa. É um homem que acredita na autoridade, que tem capacidade para delegar e permitir autonomia e para simultaneamente exercer pressão. Nem sempre ouve os outros, no que respeita a sugestões.

Tony tem uma capacidade muito útil aos líderes dos dias de hoje: lida bem com a mudança, com as novas pessoas e os novos problemas, num cenário de pressão e poucos aliados.


O artigo é assinado por Anthny Scheneider, autor do livro A Gestão segundo Tony Soprano.